sexta-feira, 26 de julho de 2013

Primeiro poema para Nuvens, minha bicicleta.

Nessa noite eu sai sem receio
sem medo de sentir frio
sem medo de sentir anseio
escorrego nas descidas que me são proporcionadas
abuso da força, contraindo os nervos flexionados
chego no topo e me sinto no mundo dos amados.

Nessa noite eu sentei entre as árvores
senti o cheiro de mato
parece sensato
vi que a natureza sofre maus tratos
E acompanhei sua vitalidade
esquecendo a crueldade
fiquei entorpecida,
cheia de vida.

Nessa noite eu amei o céu
da lua eu fui o réu
E as estrelas cintilavam
pareciam faíscas,
fogos de artifícios que imploravam pelo meu olhar
e estavam ali por mim, à brilhar
pois só havia eu naquela imensa rua
e eu estava com a alma nua

Nessa noite eu senti tudo conspirar
pequenas vivências me fizeram amar
o pensamento dançando nas nuvens
o corpo montado a uma bicicleta
de cor bonita e discreta
E sorrindo pro vento
percebi que a felicidade vem de dentro

Nessa noite eu sai sem medo
passei longe do desprezo
vejo a lua sorrindo
e quanto mais ela brilha, mais rápido eu vou sumindo.







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